Faltam Profissionais de TI no DF

Enquanto o Brasil tem hoje cerca de 14 milhões de desempregados, no setor de Tecnologia da Informação, continuam sobrando vagas e faltando candidatos. De acordo com o Sindicato das Indústrias da Informação do DF (Sinfor-DF), o Distrito Federal é o terceiro maior mercado de TI do Brasil e oferece em torno de 30,3 mil postos de trabalho nas áreas de tecnologia da informação e comunicação. Além disso, ressalta o Sindicato das Empresas de Serviços de Informática do Distrito Federal (Sindesei-DF), na pandemia, foram abertas 2 mil empresas de informática e de tecnologia da informação. Apesar do crescente número de vagas disponíveis, o setor sofre com a falta de mão de obra qualificada para preenchê-las. 

O país tem um deficit, até 2022, de 408 mil profissionais. Segundo Ricardo Caldas, presidente do Sindicato das Indústrias da Informação do DF (Sinfor- DF), “os empresários têm relatado dificuldade para preencher rapidamente todas as vagas que eles desejam”. Mas não há pesquisa para quantificar o apagão de profissionais no DF.

Confira na íntegra a matéria do Correio Braziliense de 03 de outubro de 2021.

Prêmio Sinfor de TI

Estão abertas as inscrições para a 11ª edição do Prêmio Sinfor de TI. A premiação tem como objetivo principal valorizar, incentivar e descobrir talentos dentro do mercado produtivo do Distrito Federal.

A escolha dos vencedores é feita por uma banca avaliadora dos segmentos contemplados, além da avaliação de resultados obtidos no ano corrente.

O regulamento para participação e mais informações clique

ENTIDADES PROPÕEM A IBANEIS PROJETO DE DESENVOLVIMENTO DA TI

O setor de Tecnologia da Informação (TI) do DF, representado pelos presidentes de sete entidades que lideram o segmento em Brasília, teve reunião de trabalho com o Governador Ibaneis Rocha hoje.

Este grupo organizado se denomina GforTI e trabalha num projeto de desenvolvimento que pretende mudar os rumos da economia brasiliense.

Na oportunidade, foi apresentado o documento denominado Manifesto Conjunto do Setor de TIC do Distrito Federal, que contém, entre outras pontos, 10 projetos ou ações prioritárias para o segmento.

Ibaneis recebeu, na reunião, os seguintes presidentes: Ricardo de Figueiredo Caldas, do Sindicato das Indústrias da Informação (Sinfor-DF); Christian Tadeu, do Sindicato das Empresas de Serviços de Informática (Sindesei); Gilberto Lima, do Instituto Illuminante; Djalma Petit, do Tecsoft; Rodrigo Fragola, da Assespro-DF; Hugo Giallanza, da Asteps do Brasil; e Paulo Foina, da Abpti.

Ricardo Caldas declarou que os empresários reconheceram ações do Governador Ibaneis em relação ao setor. Destacou como estratégica a unificação da alíquota do ISS em 2%, em janeiro de 2020, em nível já praticado em outros estados, devolvendo condições de competitividade ao DF.

O setor de TI também reconhece mérito na decisão do GDF de recriar a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, reivindicação apresentada em dezembro de 2018, no Governo de Transição, do qual os sete presentes à audiência de hoje participaram.

Foi lembrado que, como resultado desse trabalho na Transição, o empresário Gilvam Máximo acabou nomeado Secretário, hoje integrado às prioridades do setor e fator de ligação com o GDF. Gilvam levou os empresários à audiência no Palácio do Buriti.

Outro fator de agradecimento ao Governador é a mudança do Conselho da FAPDF (Fundação de Apoio à Pesquisa), aumentando a participação do setor empresarial no colegiado.

O presidente do Sindesei apresentou números expressivos do setor de TI no DF, que impressionaram o Secretário de Economia, André Clemente, presente à reunião de hoje.

São 5.220 CNPJs ativos e 1.178 empresas plenamente ativadas. Os empregos formais hoje ultrapassam a faixa de 28 mil, com mais de cinco mil técnicos que trabalham para as empresas de TI como pessoa jurídica.

Interessante ver que, no setor de TI, a mão de obra feminina já atinge 35% dos contratados e os negros e pardos são 44%. O que mais impressiona é o rendimento salarial médio nas equipes de trabalho, perto dos R$ 5 mil, o que demonstra a pujança do segmento.

O setor de TI tem 136 técnicos com grau de doutorado, 203 com mestrado e 15.800 de nível superior. A arrecadação tributária das empresas de TI do Distrito Federal em 2021 deve ultrapassar a faixa de R$ 375 milhões, o que representa a segunda maior arrecadação do GDF no setor de serviços, logo abaixo do setor financeiro.

Coube a Djalma Petit, do Tecsoft, expor ao Governador Ibaneis a necessidade de produzir um projeto de desenvolvimento empresarial, de fato, usando o poderio da FAPDF no apoio ao setor, que tem perspectiva de expandir negócios no Governo Federal e nos diversos estados brasileiros, também na presença do Presidente dessa Fundação, Marco Antônio Costa Júnior.

Nesse sentido, foi dito que a instalação efetiva do Parque Tecnológico Biotic é grande anseio de todas as lideranças de TI, que acompanham de perto o planejamento que vem sendo feito nesse sentido.

No documento entregue hoje ao Governador, e que já havia sido entregue antes ao Secretário Gilvam Máximo, entre outros pontos, defende-se a revisão da Lei 6.140 (Lei de Inovação do DF) e a aplicação do Projeto Plataforma da Inovação em TI do DF, assim como o Projeto Candango de Inovação.

O setor quer integração com o GDF no desenvolvimento do Banco de Talentos e na aprovação do projeto de Política Distrital de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF.

Outro ponto abordado foi a defesa de projeto de lei complementar assegurando repasse de recursos à FAPDF em nível proporcional aos desafios do setor.

Os empresários fizeram pedido para que o Governador Ibaneis considere e priorize a TecnoIogia da Informação como um dos Setores Portadores de Futuro para o DF.

Workshop RH de TI 2021 Compliance Trabalhista em live realizada pelo Sinfor/DF

A advogada e professora Maria Celeste Barroso, especialista em compliance, passou fundamentos importantes para o setor de Tecnologia da Informação (TI), em live promovida pelo Sindicato das Indústrias da Informação do DF (Sinfor), bastante concorrida. A palestra, com o tema Compliance Trabalhista Aplicação Prática – Redução de Custos e Segurança Jurídica, teve duração de duas horas.

Foi realizada dentro da série Diálogos Industriais Virtuais, em parceria com a Federação das Indústrias do DF (Fibra), Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Segundo Maria Celeste, “o primeiro passo para implementar um programa de integridade é entender que isso ocorrerá de acordo com as necessidades da empresa, pois não há um modelo padrão. É preciso observar o porte e a cultura do negócio, além da missão, dos valores e do campo de atuação”.

O conceito do termo em inglês compliance se refere a estar em conformidade com a lei e adotar processos éticos, transparentes, de controle e de qualidade. O programa é exigido como condição para empreendimentos que desejam fazer contratos com a administração pública.

No âmbito federal, compliance é regulamentado pela Lei nº. 12.846/2013 e pelo Decreto nº 8.420/2015. Já no Distrito Federal, foi implementado pela Lei n° 6.112/2018, que depois foi alterado pela Lei nº 6.308/2019.

“Empresas que atuam com integridade se transformam em vetores de desenvolvimento socioeconômico, com sustentabilidade, competitividade, redução de riscos jurídicos e financeiros. Passam confiança e credibilidade”, afirma a consultora.

Segundo a advogada, são benefícios do programa de compliance: proteger a imagem, reputação e dar credibilidade à empresa; promover governança corporativa coerente com valores éticos e de integridade; garantir eficiência operacional e ampliar oportunidades de negócios; assegurar conformidade de processos e condutas, atendendo leis e normas internas; prevenir, detectar e corrigir violações e desvios de conduta; reduzir riscos jurídicos e financeiros com ações judiciais, autuações e multas fiscais; e evitar responsabilização e custo indenizatório para empresa, sócios e administradores.

Em relação à área trabalhista, a palestrante destacou que os gestores devem estar atentos às regras e aos mecanismos de contratação de pessoal. “Conhecer e aplicar corretamente leis e regulamentos reduz riscos de não conformidades e custos financeiros com ações trabalhistas.”

Houve também uma breve apresentação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que prevê a responsabilidade das organizações em relação à segurança, privacidade e autorização de indivíduos quanto à utilização de suas informações pessoais. No fim, os participantes aprenderam sobre os pilares básicos para desenvolver e implementar um programa simplificado de compliance.

O objetivo da série Diálogos Industriais Virtuais é debater as dificuldades enfrentadas pelas indústrias e as possibilidades de atuação empresarial coletiva.

Foi importante ver a professora Maria Celeste explicando detalhes da adaptação que as empresas têm de fazer, no atual momento, para se enquadrarem nas regras da nova Reforma Trabalhista.

Ela focalizou especialmente os interesses das pequenas e médias empresas, que a rigor não têm recursos financeiros para implantar um programa de compliance, se não receberem estímulos institucionais do porte da live realizada pelo Sinfor-DF.

RH de TI

Promovido pelo Sinfor/DF e parceiros, o Workshop RH de TI tem como objetivos: compartilhar conhecimento entre profissionais de Recursos Humanos; oferecer subsídios para tornar os departamentos e profissionais da área agentes eficazes, sensíveis às mudanças e com visão estratégica, capazes de entender as inovações que surgem diariamente no mercado; além de disseminar os conceitos e práticas de responsabilidade social corporativa, criando oportunidades de parcerias entre empresas e entidades sociais.

  • PÚBLICO ALVO

O evento é destinado aos empresários, gerentes e gestores das empresas de TI do DF, bem como aos contadores que atendem o setor.

  • EDIÇÃO – 003/2021 DIÁLOGOS INDUSTRIAIS VIRTUAIS

Em parceria com a Federação das Indústrias do Distrito Federal e com a Confederação Nacional da Indústria, o Sinfor realizará o Workshop RH de TI 2021 e contará com uma programação de três dias, composta por palestras no formato de diálogos industriais virtuais sobre temas como ambiente de negócios e gestão empresarial.

  • PROGRAMAÇÃO

23/06 – 16h às 18h – Modernização das relações trabalhistas, efetividade e continuidade mediante atuação empresarial coletiva

Uma exposição embasada na análise do cenário empresarial pós-reforma trabalhista, com a indicação de algumas maneiras positivas das empresas atuarem de forma coletiva, expondo aos participantes de forma didática, as estratégias e alternativas que a Lei da Reforma Trabalhista propicia, relativamente às contratações de pessoal, incluindo como adotar o trabalho intermitente, o teletrabalho, o trabalho de autônomos, a terceirização, demonstrando casos em que há prevalência do negociado sobre o legislado; possibilidade de alteração contratual; de rescisão do contrato de trabalho por iniciativa do empregado e empregador, de acordos extrajudiciais, mostrando as diferenças em cada caso; contando ainda com uma abordagem sobre recontratações, dentre outros temas, sempre citando os fundamentos jurídicos e casos práticos, para propiciar melhor entendimento de cada assunto abordado.

Cely Sousa Coares: Advogada, pós-graduada pela FGV em Direito Empresarial e em Direito Processual do Trabalho e Civil. Sócia da empresa OPE LEGIS Consultoria Empresarial, escritório de advocacia Dra. Celita Oliveira Sousa e associados, atuando como consultora jurídica, e prestando serviços de Auditoria Trabalhista a empresas, entidades sindicais e associações, de diversos segmentos. Com mais de duas décadas de atuação em negociação coletiva de convenções e acordos coletivos de trabalho, para sindicatos e federações de empregadores da área da indústria, comércio e serviços. Palestrante e Instrutora de cursos e oficinas na área do direito do trabalho, individual, coletivo, inclusive, sindical. Vencedora do Prêmio de melhor palestra jurídica no Congresso Nacional de Sindicatos Empresariais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do ano de 2019.

Apenas inscritos poderão acessar o ambiente do evento, então, não perca a oportunidade.
INSCREVA-SE.

Teletrabalho no Setor de TIC Home Office

O Sinfor/DF, com o objetivo de esclarecer a empregadores e empregados a respeito do home office e seus conceitos, necessidades e formas que se desenvolvem, criou a cartilha Teletrabalho no Setor de TIC – Home Office.

 

Faça aqui o download da cartilha

Modelo do Aditivo ao Contrato de Teletrabalho

 

Como fica o Feriado de Carnaval 2021

Diante do cancelamento das festividades carnavalescas, por conta dos riscos de contaminação pela covid-19, empresários ficaram na dúvida sobre possível cancelamento ou manutenção do feriado de Carnaval.

Os feriados nacionais são definidos pela Lei Federal nº 662 de 1949, com as alterações dadas pela Lei nº 10.607 de 2002 e Lei nº 6.802 de 1980.

O Carnaval brasileiro, festividade que precede a quaresma católica, é celebrado na terça-feira e embora não seja um feriado nacional é rara a sua não utilização na prática.  

Em alguns municípios não há trabalho, inclusive na segunda-feira anterior, formando assim quatro dias de Carnaval, mas a liberação para a festividade depende de decretos municipais e estaduais, conforme prevê a Lei nº 9.093/1995.

Excepcionalmente em 2021, em diversos estados, como Bahia, São Paulo, Pernambuco, Goiás, entre outros, a folga foi cancelada devido ao aumento do número de casos de covid-19.

No Distrito Federal, o Governador Ibaneis Rocha (MDB) decretou que será mantido o ponto facultativo de Carnaval, nos dias 15, 16 e até as 14h do dia 17 de fevereiro.

Parece simples decidir se a sua empresa deve funcionar no próximo Carnaval, mas é preciso observar vários aspectos. Quando se trata de ponto facultativo, o empresário pode aderir ou não ao decreto local, mas não podemos deixar de lembrar que existe uma Convenção Coletiva de Trabalho, acordada entre o seu sindicato patronal e o sindicato laboral do seu colaborador.

No caso do setor de TI, as empresas filiadas e associadas ao Sinfor-DF devem observar e obedecer ao que está previsto nas seguintes cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho.

Assim, conforme prevê a Cláusula Vigésima Nona da CCT, nos casos de feriados especiais local, as empresas, que possuem contratos com órgãos da administração pública, determinarão que seus empregados à disposição dos mesmos que gozem dos feriados tão somente nas datas instituídas pelos referidos órgãos públicos.

De acordo com a Cláusula Trigésima, no período de Carnaval, as empresas se obrigam a cumprir os seguintes horários: 2ª-feira: aberto, 3ª-feira: fechado, 4ª-feira: pela manhã fechado, início das atividades às 13h.

Contudo, conforme reza a Cláusula Trigésima Primeira, o dia 30 de novembro é feriado local, e comemora-se o Dia do Evangélico, e neste dia as empresas poderão manter normalmente o expediente, caso adote essa prática, as empresas poderão compensar esse dia na segunda-feira de Carnaval.

Importante ressaltar que as empresas que decidirem manter o expediente contrário ao que está previsto na Convenção Coletiva de Trabalho deverão remunerar o funcionário por horas extras ou compensação por banco de horas.

Segunda Consulta Pública – Novo Modelo para Contratação de Serviços de Infraestrutura de TIC

Foi aberta pela Secretaria de Governo Digital do Ministério da Economia (SGD) a segunda consulta pública para angariar contribuições sobre o modelo de contratação de serviços de operação de infraestrutura de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). 
 
Essa segunda consulta pública aborda a nova versão da minuta do modelo, desenvolvida a partir das contribuições recebidas na primeira consulta pública, realizada entre agosto e setembro de 2020, e com base nos estudos feitos pela SGD. 
 
Alguns aspectos do modelo são ratificados, como a forma de remuneração por preço fixo mensal, com remuneração vinculada ao atingimento de Níveis Mínimos de Serviço (NMS), e serviço contratado sem dedicação exclusiva de mão de obra. 
 
As principais motivações para a realização de nova rodada de consulta pública são os demais aspectos que diferem da minuta anteriormente apresentada, como o estabelecimento de Fator-K único igual a 3, a ser adotado pelas equipes de planejamento da contratação para estimativa de preços para as contratações do objeto alvo do modelo. 
 
A presente iniciativa está inserida no contexto de atendimento ao Acórdão nº 2.037/2019 – TCU – Plenário e ao Acórdão 1.508/2020 – TCU – Plenário, que avaliou aspectos de conformidade das contratações de TIC de organizações federais, especialmente no que se refere à utilização da métrica Unidade de Serviços Técnicos (UST). 
 
Caso haja interesse em participar, encaminhe suas sugestões para o Sinfor-DF, aos cuidados de Flávio da Mata, Assessor para Assuntos Institucionais e Governamentais, pelo e-mail flavio@sinfor.org.br. Após compilação, o documento será encaminhado para a Secretaria de Governo Digital do Ministério da Economia (SGD) até o dia 21 de fevereiro de 2021.

Finep está com editais abertos de apoio financeiro voltados à inovação

A Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep), empresa pública ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, está com chamadas públicas abertas para inciativas de empresas que desejam inovar e precisam de apoio financeiro.

Uma delas é o Desafio Cibernético — Startups e Empresas de Base Tecnológica, em parceria com o Exército Brasileiro, com inscrições até 25 de janeiro, que selecionará cinco empresas que desenvolvam um sistema de modelagem de alto nível para a atividade de Análise de Resiliência Cibernética que incorpore a gestão de riscos. O projeto deve integrar subsistemas e APIs (Application Programming Interface) complementares incorporando uma metodologia de aferição de Índice de Resiliência Cibernética, baseado em práticas modernas e aplicável a qualquer tipo de organização.

A competição tecnológica premiará cada um dos empreendimentos com até R$ 200 mil em recursos de subvenção econômica, sendo que a solução mais bem avaliada receberá um adicional de R$ 100 mil e se tornará uma potencial candidata a receber um investimento no âmbito do Programa de Investimento em Startups Inovadoras — Finep Startup ou outra iniciativa da empresa pública.

Pode participar do desafio  empresa com receita bruta no último exercício igual ou inferior a R$ 16 milhões; que tenha cinco anos de existência e registro na Junta Comercial ou no Registro Civil das Pessoas Jurídicas; tenha efetuado qualquer atividade operacional, não-operacional, patrimonial ou financeira até o fim de 2019; haja no objeto social do negócio atuação equivalente com a área de conhecimento do projeto proposto; além de empregar na equipe profissionais pós-graduados, especialistas, mestres ou doutores.mulher tecnologia editais finep

O prazo de execução do projeto deverá ser de até seis meses. Os critérios de avaliação são grau de inovação, risco tecnológico, qualificação da beneficiária, alcance da aplicação e consistência da proposta.

Há também a chamada Programa Mulheres Inovadoras, que busca estimular startups lideradas por mulheres e contribuir para o aumento da representatividade feminina no cenário empreendedor nacional, por meio da capacitação e do reconhecimento da competitividade brasileira.

O edital contemplará até 30 startups para um processo de aceleração e até outras 10 para receber um prêmio de R$ 100 mil, cada. As empresas irão concorrer regionalmente, sendo selecionadas até seis de cada região do Brasil (Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e Sul) para serem aceleradas e duas para serem premiadas. Além disso, há temáticas para cada área:

– Centro-Oeste, Nordeste e Norte:

Tema 1: Competitividade Produtiva — Inovações que ampliem a competitividade dos setores de bioeconomia, monitoramento, prevenção e recuperação de desastres naturais e ambientais, transporte e logística e agronegócio.

Tema 2: Qualidade de vida — Inovações em saúde, educação, saneamento, segurança hídrica e segurança.

– Sudeste:

Tema 1: Competitividade Produtiva — Inovações que ampliem a competitividade dos setores de agronegócio, petroquímica, transporte e logística.

Tema 2: Qualidade de vida — Inovações em saúde, educação, segurança e mobilidade urbana.

– Sul:

Tema 1: Competitividade Produtiva — Inovações que ampliem a competitividade dos setores têxtil, calçados, móveis, agronegócio, metalomecânica, transporte e logística.

Tema 2: Qualidade de vida — Inovações em saúde, educação, segurança e mobilidade urbana.

As proponentes de cada uma das regiões que não se enquadrarem em um dos temas deverão selecionar, no formulário eletrônico, a opção “Outras Inovações”.

Poderão candidatar-se ao Prêmio Mulheres Inovadoras as empresas brasileiras, registradas na Junta Comercial a no mínimo três meses, que tenha uma mulher entre seus empreendedores, em função executiva ou gerencial, e tenha tido receita bruta em 2020 igual ou inferior a R$ 4,8 milhões. É preciso também desenvolver tecnologia ou modelo de negócios inovador.

As inscrições podem ser feitas até 8 de março. A banca avaliadora irá analisar mercado, posicionamento e produto, inovação e equipe e estrutura societária.

Saiba mais informações e conheça outras chamadas públicas no site da Finep.

Apoio da Fibra
Empresários associados a um dos dez sindicatos filiados à Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) têm apoio da Diretoria de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico para tirar dúvidas sobre as chamadas públicas da Finep. Basta enviar um e-mail para diretoria.inovacaotecnologica@sistemafibra.org.br e solicitar atendimento.

Texto: Dayane dos Santos
Assessoria de Comunicação da Fibra

Veto à liberação de recursos do FNDCT prejudica investimentos em inovação no Brasil

CNI defende que Congresso derrube os vetos do projeto que descontingencia recursos do fundo de financiamento à ciência, tecnologia e inovação. Só em 2020, R$ 4,6 bi foram retidos nos cofres públicos

 

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera que o país perde enorme oportunidade de garantir minimamente os investimentos em ciência, tecnologia e inovação (CT&I), com os vetos presidenciais aos principais pontos do Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 135/2020, sancionado nesta quarta-feira (13), sob a Lei Complementar nº 177.

Aprovado em dezembro pelo Congresso Nacional, o texto previa a liberação total dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), considerada a principal ferramenta de financiamento à CT&I do país. A indústria defenderá junto ao Poder Legislativo a derrubada do veto.


Na avaliação da CNI, os vetos publicados no Diário Oficial da União comprometem as possibilidades de investimentos nacionais em pesquisas, especialmente neste momento de pandemia, em que a ciência tem se tornado cada vez mais fundamental para a superação dos desafios relacionados ao novo coronavírus.


Há em andamento projetos robustos que necessitarão de financiamento, sendo um, inclusive, relativo ao desenvolvimento e produção de uma vacina exclusivamente brasileira contra a Covid-19.

Inovação é imprescindível para a recuperação da economia

Para a CNI, a expansão da CT&I é fator imprescindível para a recuperação econômica do país e a retomada da competitividade brasileira no cenário internacional. De acordo com os dados mais atuais, apenas cerca de 13% dos R$ 6,8 bilhões arrecadados pelo fundo em 2020 foram disponibilizados para investimentos não reembolsáveis em atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) realizadas por universidades, institutos de pesquisa e empresas. Um total de R$ 4,6 bilhões ficou retido no Tesouro.


“Quando analisamos as principais estratégias de desenvolvimento dos países mais avançados, localizamos a inovação, a ciência e a tecnologia no centro das estratégias nacionais. No Brasil, os recursos têm sido reduzidos tanto no FNDCT – em função do crescente contingenciamento e apesar do aumento da arrecadação – quanto em outros orçamentos, a exemplo do que se prevê para o MCTI no exercício de 2021”, afirma a diretora de Inovação da CNI, Gianna Sagazio. 


“Por isso, derrubar o veto para que esta lei entre em vigor será tão importante. Ela garantirá investimentos em inovação pelos próximos anos e justificará a operação de instituições altamente relevantes para o nosso ecossistema, como a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep)”, acrescenta a diretora.

Projeto avança ao mudar natureza do fundo

Apesar dos vetos, a sanção do projeto atende a alguns pleitos de longa data do setor empresarial e da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI). É relevante a transformação da natureza do fundo, que agora é contábil e financeiro, e passa a contar com rendimentos de aplicações como fonte de receita. A destinação de recursos a projetos com organizações sociais, ainda que limitada a 25%, é também um avanço, uma vez que abre a possibilidade de repasses a instituições com comprovada qualidade em sua atuação, como a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).

A CNI reitera, no entanto, que tais avanços perdem eficácia à medida que os recursos para o fundo não estão garantidos, mantida a possibilidade de contingenciamento. Pouco vale o arranjo formal se não há orçamento para efetiva execução.

No que diz respeito ao tema de responsabilidade fiscal e de atendimento ao interesse público (justificativas apresentadas para o veto) são questionáveis os impactos nas contas públicas e o argumento de que a proibição de contingenciamento poderia prejudicar outras políticas públicas desenvolvidas pela União. Tais justificativas revelam as distorções em termos de prioridade que levam o país a um distanciamento cada vez maior de economias sustentadas pelo conhecimento.

FNDCT é fonte de recursos para projetos inovadores

Criado em 1969, o FNDCT é um fundo de natureza contábil que tem como objetivo financiar a inovação e o desenvolvimento científico e tecnológico. Quem opera os recursos é a Finep. Entre 1999 e 2019, o Fundo arrecadou R$ 62,2 bilhões, mas, historicamente, os recursos sofrem bloqueios.

Entre os diversos projetos que se tornaram viáveis por conta dos recursos do FNDCT, estão o Sirius, maior infraestrutura de geração de luz síncrotron do hemisfério sul; o tanque oceânico instalado na COPPE/UFRJ – o maior do mundo para projetos de estruturas flutuantes e operações no mar; e o processo de automação robotizada, liderado pela Embraer e pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), que teve origem em amplo investimento em pesquisa pública.

O Fundo também foi fundamental para a realização do Inova Empresa, maior programa de apoio à inovação empresarial na última década no Brasil.

Fonte: Agência CNI de Notícias / Agência de Notícias CNI