PRÊMIO SINFOR HOMENAGEIA CINCO EMPRESAS DE TECNOLOGIA

A 11ª edição do Prêmio Sinfor de Tecnologia da Informação 2021 destacou cinco empresas brasilienses e homenageou entidades que são importantes na valorização do setor em Brasília.

A premiação, com troféu e diploma, aconteceu no Clube de Engenharia, no encerramento do Brasília Mais TI, o mais importante evento anual do setor de TI no Distrito Federal.

O Governo do DF foi representado na solenidade pelo vice-governador Paco Britto. Ele destacou a importância oferecida pelo Governo Ibaneis ao setor, com incentivos às empresas locais e a busca de investimentos. A perspectiva de trazer para Brasília o evento internacional Web Summit entusiasma o setor.

O presidente do Sinfor (Sindicato das Indústrias da Informação do DF), Ricardo Figueiredo Caldas, recebeu também, compondo a mesa do evento, o senador Izalci Lucas e a deputada distrital Júlia Lucy, assim como o presidente da comissão do Prêmio Sinfor, empresário Alex Vieira Pinto.

Na oportunidade, foi destacada a conquista obtida em 2020, quando o vice-governador Paco Britto, como governador em exercício do DF, sancionou lei reduzindo de 5% para 2% o percentual do ISS cobrado pelas empresas de TI do DF.

Foi mostrado que o Sinfor representa cerca de 700 empresas locais que prestam serviços de alta qualidade ao GDF, ao Governo Federal e a outras instituições e empresas.

O evento Brasília Mais TI foi realizado com apoio da Secretaria de Ciência e Tecnologia, Fundação de Apoio à Pesquisa (FAPDF), Sebrae-DF, Mútua e Memora.

PREMIAÇÃO

Na categoria Destaques em Software, a premiada foi a empresa Confidere It Services, representada pelo empresário Marco Antônio Ribeiro Vianna.

A Confidere atua na área de governança de TIC, auditoria e qualidade de software, integração de soluções e aplicativos.

Na categoria Destaque em Integração, premiação para a empresa FastHelp Informática, representada pelo empresário Paulo Ribeiro.

Essa marca foi criada em 2003, no segmento de help desk, mas desde 2006 atua no segmento de cibersegurança. Atualmente, oferece produtos e serviços de segurança da informação.

Destaque em Inovação para a empresa Ativu Tecnologia, que tem à frente o empresário Ricardo de Figueiredo Caldas. Fornece soluções e serviços para gestão com TI, melhorando a sustentabilidade das empresas, ao reduzir custos.

Na categoria Destaque em ESG, Ambiental, Social e Governança, premiação para Memora Processos Inovadores, representada pelo empresário José Marcos de Paiva.  A empresa oferece maturidade corporativa e transparência na relação com clientes, parceiros e fornecedores. E gera apoio institucional e financeiro para programas assistenciais.

Na categoria Entidade Amiga da TI, foi premiado o Centro Universitário de Brasília (CEUB), representado pela diretora Mônica Moreira Lopes.

Em condição especial, o Prêmio Sinfor 2021 homenageou sete entidades representativas do setor, que formam o grupo GForTI, que são: os sindicatos Sinfor e Sindesei, e as associações Assespro-DF, Tecsoft, Brasil Startups, Instituto Illuminante e ABIPTI.

Faltam Profissionais de TI no DF

Enquanto o Brasil tem hoje cerca de 14 milhões de desempregados, no setor de Tecnologia da Informação, continuam sobrando vagas e faltando candidatos. De acordo com o Sindicato das Indústrias da Informação do DF (Sinfor-DF), o Distrito Federal é o terceiro maior mercado de TI do Brasil e oferece em torno de 30,3 mil postos de trabalho nas áreas de tecnologia da informação e comunicação. Além disso, ressalta o Sindicato das Empresas de Serviços de Informática do Distrito Federal (Sindesei-DF), na pandemia, foram abertas 2 mil empresas de informática e de tecnologia da informação. Apesar do crescente número de vagas disponíveis, o setor sofre com a falta de mão de obra qualificada para preenchê-las. 

O país tem um deficit, até 2022, de 408 mil profissionais. Segundo Ricardo Caldas, presidente do Sindicato das Indústrias da Informação do DF (Sinfor- DF), “os empresários têm relatado dificuldade para preencher rapidamente todas as vagas que eles desejam”. Mas não há pesquisa para quantificar o apagão de profissionais no DF.

Confira na íntegra a matéria do Correio Braziliense de 03 de outubro de 2021.

ENTIDADES PROPÕEM A IBANEIS PROJETO DE DESENVOLVIMENTO DA TI

O setor de Tecnologia da Informação (TI) do DF, representado pelos presidentes de sete entidades que lideram o segmento em Brasília, teve reunião de trabalho com o Governador Ibaneis Rocha hoje.

Este grupo organizado se denomina GforTI e trabalha num projeto de desenvolvimento que pretende mudar os rumos da economia brasiliense.

Na oportunidade, foi apresentado o documento denominado Manifesto Conjunto do Setor de TIC do Distrito Federal, que contém, entre outras pontos, 10 projetos ou ações prioritárias para o segmento.

Ibaneis recebeu, na reunião, os seguintes presidentes: Ricardo de Figueiredo Caldas, do Sindicato das Indústrias da Informação (Sinfor-DF); Christian Tadeu, do Sindicato das Empresas de Serviços de Informática (Sindesei); Gilberto Lima, do Instituto Illuminante; Djalma Petit, do Tecsoft; Rodrigo Fragola, da Assespro-DF; Hugo Giallanza, da Asteps do Brasil; e Paulo Foina, da Abpti.

Ricardo Caldas declarou que os empresários reconheceram ações do Governador Ibaneis em relação ao setor. Destacou como estratégica a unificação da alíquota do ISS em 2%, em janeiro de 2020, em nível já praticado em outros estados, devolvendo condições de competitividade ao DF.

O setor de TI também reconhece mérito na decisão do GDF de recriar a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, reivindicação apresentada em dezembro de 2018, no Governo de Transição, do qual os sete presentes à audiência de hoje participaram.

Foi lembrado que, como resultado desse trabalho na Transição, o empresário Gilvam Máximo acabou nomeado Secretário, hoje integrado às prioridades do setor e fator de ligação com o GDF. Gilvam levou os empresários à audiência no Palácio do Buriti.

Outro fator de agradecimento ao Governador é a mudança do Conselho da FAPDF (Fundação de Apoio à Pesquisa), aumentando a participação do setor empresarial no colegiado.

O presidente do Sindesei apresentou números expressivos do setor de TI no DF, que impressionaram o Secretário de Economia, André Clemente, presente à reunião de hoje.

São 5.220 CNPJs ativos e 1.178 empresas plenamente ativadas. Os empregos formais hoje ultrapassam a faixa de 28 mil, com mais de cinco mil técnicos que trabalham para as empresas de TI como pessoa jurídica.

Interessante ver que, no setor de TI, a mão de obra feminina já atinge 35% dos contratados e os negros e pardos são 44%. O que mais impressiona é o rendimento salarial médio nas equipes de trabalho, perto dos R$ 5 mil, o que demonstra a pujança do segmento.

O setor de TI tem 136 técnicos com grau de doutorado, 203 com mestrado e 15.800 de nível superior. A arrecadação tributária das empresas de TI do Distrito Federal em 2021 deve ultrapassar a faixa de R$ 375 milhões, o que representa a segunda maior arrecadação do GDF no setor de serviços, logo abaixo do setor financeiro.

Coube a Djalma Petit, do Tecsoft, expor ao Governador Ibaneis a necessidade de produzir um projeto de desenvolvimento empresarial, de fato, usando o poderio da FAPDF no apoio ao setor, que tem perspectiva de expandir negócios no Governo Federal e nos diversos estados brasileiros, também na presença do Presidente dessa Fundação, Marco Antônio Costa Júnior.

Nesse sentido, foi dito que a instalação efetiva do Parque Tecnológico Biotic é grande anseio de todas as lideranças de TI, que acompanham de perto o planejamento que vem sendo feito nesse sentido.

No documento entregue hoje ao Governador, e que já havia sido entregue antes ao Secretário Gilvam Máximo, entre outros pontos, defende-se a revisão da Lei 6.140 (Lei de Inovação do DF) e a aplicação do Projeto Plataforma da Inovação em TI do DF, assim como o Projeto Candango de Inovação.

O setor quer integração com o GDF no desenvolvimento do Banco de Talentos e na aprovação do projeto de Política Distrital de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF.

Outro ponto abordado foi a defesa de projeto de lei complementar assegurando repasse de recursos à FAPDF em nível proporcional aos desafios do setor.

Os empresários fizeram pedido para que o Governador Ibaneis considere e priorize a TecnoIogia da Informação como um dos Setores Portadores de Futuro para o DF.

Workshop RH de TI 2021 Compliance Trabalhista em live realizada pelo Sinfor/DF

A advogada e professora Maria Celeste Barroso, especialista em compliance, passou fundamentos importantes para o setor de Tecnologia da Informação (TI), em live promovida pelo Sindicato das Indústrias da Informação do DF (Sinfor), bastante concorrida. A palestra, com o tema Compliance Trabalhista Aplicação Prática – Redução de Custos e Segurança Jurídica, teve duração de duas horas.

Foi realizada dentro da série Diálogos Industriais Virtuais, em parceria com a Federação das Indústrias do DF (Fibra), Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Segundo Maria Celeste, “o primeiro passo para implementar um programa de integridade é entender que isso ocorrerá de acordo com as necessidades da empresa, pois não há um modelo padrão. É preciso observar o porte e a cultura do negócio, além da missão, dos valores e do campo de atuação”.

O conceito do termo em inglês compliance se refere a estar em conformidade com a lei e adotar processos éticos, transparentes, de controle e de qualidade. O programa é exigido como condição para empreendimentos que desejam fazer contratos com a administração pública.

No âmbito federal, compliance é regulamentado pela Lei nº. 12.846/2013 e pelo Decreto nº 8.420/2015. Já no Distrito Federal, foi implementado pela Lei n° 6.112/2018, que depois foi alterado pela Lei nº 6.308/2019.

“Empresas que atuam com integridade se transformam em vetores de desenvolvimento socioeconômico, com sustentabilidade, competitividade, redução de riscos jurídicos e financeiros. Passam confiança e credibilidade”, afirma a consultora.

Segundo a advogada, são benefícios do programa de compliance: proteger a imagem, reputação e dar credibilidade à empresa; promover governança corporativa coerente com valores éticos e de integridade; garantir eficiência operacional e ampliar oportunidades de negócios; assegurar conformidade de processos e condutas, atendendo leis e normas internas; prevenir, detectar e corrigir violações e desvios de conduta; reduzir riscos jurídicos e financeiros com ações judiciais, autuações e multas fiscais; e evitar responsabilização e custo indenizatório para empresa, sócios e administradores.

Em relação à área trabalhista, a palestrante destacou que os gestores devem estar atentos às regras e aos mecanismos de contratação de pessoal. “Conhecer e aplicar corretamente leis e regulamentos reduz riscos de não conformidades e custos financeiros com ações trabalhistas.”

Houve também uma breve apresentação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que prevê a responsabilidade das organizações em relação à segurança, privacidade e autorização de indivíduos quanto à utilização de suas informações pessoais. No fim, os participantes aprenderam sobre os pilares básicos para desenvolver e implementar um programa simplificado de compliance.

O objetivo da série Diálogos Industriais Virtuais é debater as dificuldades enfrentadas pelas indústrias e as possibilidades de atuação empresarial coletiva.

Foi importante ver a professora Maria Celeste explicando detalhes da adaptação que as empresas têm de fazer, no atual momento, para se enquadrarem nas regras da nova Reforma Trabalhista.

Ela focalizou especialmente os interesses das pequenas e médias empresas, que a rigor não têm recursos financeiros para implantar um programa de compliance, se não receberem estímulos institucionais do porte da live realizada pelo Sinfor-DF.

Como fica o Feriado de Carnaval 2021

Diante do cancelamento das festividades carnavalescas, por conta dos riscos de contaminação pela covid-19, empresários ficaram na dúvida sobre possível cancelamento ou manutenção do feriado de Carnaval.

Os feriados nacionais são definidos pela Lei Federal nº 662 de 1949, com as alterações dadas pela Lei nº 10.607 de 2002 e Lei nº 6.802 de 1980.

O Carnaval brasileiro, festividade que precede a quaresma católica, é celebrado na terça-feira e embora não seja um feriado nacional é rara a sua não utilização na prática.  

Em alguns municípios não há trabalho, inclusive na segunda-feira anterior, formando assim quatro dias de Carnaval, mas a liberação para a festividade depende de decretos municipais e estaduais, conforme prevê a Lei nº 9.093/1995.

Excepcionalmente em 2021, em diversos estados, como Bahia, São Paulo, Pernambuco, Goiás, entre outros, a folga foi cancelada devido ao aumento do número de casos de covid-19.

No Distrito Federal, o Governador Ibaneis Rocha (MDB) decretou que será mantido o ponto facultativo de Carnaval, nos dias 15, 16 e até as 14h do dia 17 de fevereiro.

Parece simples decidir se a sua empresa deve funcionar no próximo Carnaval, mas é preciso observar vários aspectos. Quando se trata de ponto facultativo, o empresário pode aderir ou não ao decreto local, mas não podemos deixar de lembrar que existe uma Convenção Coletiva de Trabalho, acordada entre o seu sindicato patronal e o sindicato laboral do seu colaborador.

No caso do setor de TI, as empresas filiadas e associadas ao Sinfor-DF devem observar e obedecer ao que está previsto nas seguintes cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho.

Assim, conforme prevê a Cláusula Vigésima Nona da CCT, nos casos de feriados especiais local, as empresas, que possuem contratos com órgãos da administração pública, determinarão que seus empregados à disposição dos mesmos que gozem dos feriados tão somente nas datas instituídas pelos referidos órgãos públicos.

De acordo com a Cláusula Trigésima, no período de Carnaval, as empresas se obrigam a cumprir os seguintes horários: 2ª-feira: aberto, 3ª-feira: fechado, 4ª-feira: pela manhã fechado, início das atividades às 13h.

Contudo, conforme reza a Cláusula Trigésima Primeira, o dia 30 de novembro é feriado local, e comemora-se o Dia do Evangélico, e neste dia as empresas poderão manter normalmente o expediente, caso adote essa prática, as empresas poderão compensar esse dia na segunda-feira de Carnaval.

Importante ressaltar que as empresas que decidirem manter o expediente contrário ao que está previsto na Convenção Coletiva de Trabalho deverão remunerar o funcionário por horas extras ou compensação por banco de horas.

Segunda Consulta Pública – Novo Modelo para Contratação de Serviços de Infraestrutura de TIC

Foi aberta pela Secretaria de Governo Digital do Ministério da Economia (SGD) a segunda consulta pública para angariar contribuições sobre o modelo de contratação de serviços de operação de infraestrutura de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). 
 
Essa segunda consulta pública aborda a nova versão da minuta do modelo, desenvolvida a partir das contribuições recebidas na primeira consulta pública, realizada entre agosto e setembro de 2020, e com base nos estudos feitos pela SGD. 
 
Alguns aspectos do modelo são ratificados, como a forma de remuneração por preço fixo mensal, com remuneração vinculada ao atingimento de Níveis Mínimos de Serviço (NMS), e serviço contratado sem dedicação exclusiva de mão de obra. 
 
As principais motivações para a realização de nova rodada de consulta pública são os demais aspectos que diferem da minuta anteriormente apresentada, como o estabelecimento de Fator-K único igual a 3, a ser adotado pelas equipes de planejamento da contratação para estimativa de preços para as contratações do objeto alvo do modelo. 
 
A presente iniciativa está inserida no contexto de atendimento ao Acórdão nº 2.037/2019 – TCU – Plenário e ao Acórdão 1.508/2020 – TCU – Plenário, que avaliou aspectos de conformidade das contratações de TIC de organizações federais, especialmente no que se refere à utilização da métrica Unidade de Serviços Técnicos (UST). 
 
Caso haja interesse em participar, encaminhe suas sugestões para o Sinfor-DF, aos cuidados de Flávio da Mata, Assessor para Assuntos Institucionais e Governamentais, pelo e-mail flavio@sinfor.org.br. Após compilação, o documento será encaminhado para a Secretaria de Governo Digital do Ministério da Economia (SGD) até o dia 21 de fevereiro de 2021.

Finep está com editais abertos de apoio financeiro voltados à inovação

A Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep), empresa pública ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, está com chamadas públicas abertas para inciativas de empresas que desejam inovar e precisam de apoio financeiro.

Uma delas é o Desafio Cibernético — Startups e Empresas de Base Tecnológica, em parceria com o Exército Brasileiro, com inscrições até 25 de janeiro, que selecionará cinco empresas que desenvolvam um sistema de modelagem de alto nível para a atividade de Análise de Resiliência Cibernética que incorpore a gestão de riscos. O projeto deve integrar subsistemas e APIs (Application Programming Interface) complementares incorporando uma metodologia de aferição de Índice de Resiliência Cibernética, baseado em práticas modernas e aplicável a qualquer tipo de organização.

A competição tecnológica premiará cada um dos empreendimentos com até R$ 200 mil em recursos de subvenção econômica, sendo que a solução mais bem avaliada receberá um adicional de R$ 100 mil e se tornará uma potencial candidata a receber um investimento no âmbito do Programa de Investimento em Startups Inovadoras — Finep Startup ou outra iniciativa da empresa pública.

Pode participar do desafio  empresa com receita bruta no último exercício igual ou inferior a R$ 16 milhões; que tenha cinco anos de existência e registro na Junta Comercial ou no Registro Civil das Pessoas Jurídicas; tenha efetuado qualquer atividade operacional, não-operacional, patrimonial ou financeira até o fim de 2019; haja no objeto social do negócio atuação equivalente com a área de conhecimento do projeto proposto; além de empregar na equipe profissionais pós-graduados, especialistas, mestres ou doutores.mulher tecnologia editais finep

O prazo de execução do projeto deverá ser de até seis meses. Os critérios de avaliação são grau de inovação, risco tecnológico, qualificação da beneficiária, alcance da aplicação e consistência da proposta.

Há também a chamada Programa Mulheres Inovadoras, que busca estimular startups lideradas por mulheres e contribuir para o aumento da representatividade feminina no cenário empreendedor nacional, por meio da capacitação e do reconhecimento da competitividade brasileira.

O edital contemplará até 30 startups para um processo de aceleração e até outras 10 para receber um prêmio de R$ 100 mil, cada. As empresas irão concorrer regionalmente, sendo selecionadas até seis de cada região do Brasil (Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e Sul) para serem aceleradas e duas para serem premiadas. Além disso, há temáticas para cada área:

– Centro-Oeste, Nordeste e Norte:

Tema 1: Competitividade Produtiva — Inovações que ampliem a competitividade dos setores de bioeconomia, monitoramento, prevenção e recuperação de desastres naturais e ambientais, transporte e logística e agronegócio.

Tema 2: Qualidade de vida — Inovações em saúde, educação, saneamento, segurança hídrica e segurança.

– Sudeste:

Tema 1: Competitividade Produtiva — Inovações que ampliem a competitividade dos setores de agronegócio, petroquímica, transporte e logística.

Tema 2: Qualidade de vida — Inovações em saúde, educação, segurança e mobilidade urbana.

– Sul:

Tema 1: Competitividade Produtiva — Inovações que ampliem a competitividade dos setores têxtil, calçados, móveis, agronegócio, metalomecânica, transporte e logística.

Tema 2: Qualidade de vida — Inovações em saúde, educação, segurança e mobilidade urbana.

As proponentes de cada uma das regiões que não se enquadrarem em um dos temas deverão selecionar, no formulário eletrônico, a opção “Outras Inovações”.

Poderão candidatar-se ao Prêmio Mulheres Inovadoras as empresas brasileiras, registradas na Junta Comercial a no mínimo três meses, que tenha uma mulher entre seus empreendedores, em função executiva ou gerencial, e tenha tido receita bruta em 2020 igual ou inferior a R$ 4,8 milhões. É preciso também desenvolver tecnologia ou modelo de negócios inovador.

As inscrições podem ser feitas até 8 de março. A banca avaliadora irá analisar mercado, posicionamento e produto, inovação e equipe e estrutura societária.

Saiba mais informações e conheça outras chamadas públicas no site da Finep.

Apoio da Fibra
Empresários associados a um dos dez sindicatos filiados à Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) têm apoio da Diretoria de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico para tirar dúvidas sobre as chamadas públicas da Finep. Basta enviar um e-mail para diretoria.inovacaotecnologica@sistemafibra.org.br e solicitar atendimento.

Texto: Dayane dos Santos
Assessoria de Comunicação da Fibra

Veto à liberação de recursos do FNDCT prejudica investimentos em inovação no Brasil

CNI defende que Congresso derrube os vetos do projeto que descontingencia recursos do fundo de financiamento à ciência, tecnologia e inovação. Só em 2020, R$ 4,6 bi foram retidos nos cofres públicos

 

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera que o país perde enorme oportunidade de garantir minimamente os investimentos em ciência, tecnologia e inovação (CT&I), com os vetos presidenciais aos principais pontos do Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 135/2020, sancionado nesta quarta-feira (13), sob a Lei Complementar nº 177.

Aprovado em dezembro pelo Congresso Nacional, o texto previa a liberação total dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), considerada a principal ferramenta de financiamento à CT&I do país. A indústria defenderá junto ao Poder Legislativo a derrubada do veto.


Na avaliação da CNI, os vetos publicados no Diário Oficial da União comprometem as possibilidades de investimentos nacionais em pesquisas, especialmente neste momento de pandemia, em que a ciência tem se tornado cada vez mais fundamental para a superação dos desafios relacionados ao novo coronavírus.


Há em andamento projetos robustos que necessitarão de financiamento, sendo um, inclusive, relativo ao desenvolvimento e produção de uma vacina exclusivamente brasileira contra a Covid-19.

Inovação é imprescindível para a recuperação da economia

Para a CNI, a expansão da CT&I é fator imprescindível para a recuperação econômica do país e a retomada da competitividade brasileira no cenário internacional. De acordo com os dados mais atuais, apenas cerca de 13% dos R$ 6,8 bilhões arrecadados pelo fundo em 2020 foram disponibilizados para investimentos não reembolsáveis em atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) realizadas por universidades, institutos de pesquisa e empresas. Um total de R$ 4,6 bilhões ficou retido no Tesouro.


“Quando analisamos as principais estratégias de desenvolvimento dos países mais avançados, localizamos a inovação, a ciência e a tecnologia no centro das estratégias nacionais. No Brasil, os recursos têm sido reduzidos tanto no FNDCT – em função do crescente contingenciamento e apesar do aumento da arrecadação – quanto em outros orçamentos, a exemplo do que se prevê para o MCTI no exercício de 2021”, afirma a diretora de Inovação da CNI, Gianna Sagazio. 


“Por isso, derrubar o veto para que esta lei entre em vigor será tão importante. Ela garantirá investimentos em inovação pelos próximos anos e justificará a operação de instituições altamente relevantes para o nosso ecossistema, como a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep)”, acrescenta a diretora.

Projeto avança ao mudar natureza do fundo

Apesar dos vetos, a sanção do projeto atende a alguns pleitos de longa data do setor empresarial e da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI). É relevante a transformação da natureza do fundo, que agora é contábil e financeiro, e passa a contar com rendimentos de aplicações como fonte de receita. A destinação de recursos a projetos com organizações sociais, ainda que limitada a 25%, é também um avanço, uma vez que abre a possibilidade de repasses a instituições com comprovada qualidade em sua atuação, como a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).

A CNI reitera, no entanto, que tais avanços perdem eficácia à medida que os recursos para o fundo não estão garantidos, mantida a possibilidade de contingenciamento. Pouco vale o arranjo formal se não há orçamento para efetiva execução.

No que diz respeito ao tema de responsabilidade fiscal e de atendimento ao interesse público (justificativas apresentadas para o veto) são questionáveis os impactos nas contas públicas e o argumento de que a proibição de contingenciamento poderia prejudicar outras políticas públicas desenvolvidas pela União. Tais justificativas revelam as distorções em termos de prioridade que levam o país a um distanciamento cada vez maior de economias sustentadas pelo conhecimento.

FNDCT é fonte de recursos para projetos inovadores

Criado em 1969, o FNDCT é um fundo de natureza contábil que tem como objetivo financiar a inovação e o desenvolvimento científico e tecnológico. Quem opera os recursos é a Finep. Entre 1999 e 2019, o Fundo arrecadou R$ 62,2 bilhões, mas, historicamente, os recursos sofrem bloqueios.

Entre os diversos projetos que se tornaram viáveis por conta dos recursos do FNDCT, estão o Sirius, maior infraestrutura de geração de luz síncrotron do hemisfério sul; o tanque oceânico instalado na COPPE/UFRJ – o maior do mundo para projetos de estruturas flutuantes e operações no mar; e o processo de automação robotizada, liderado pela Embraer e pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), que teve origem em amplo investimento em pesquisa pública.

O Fundo também foi fundamental para a realização do Inova Empresa, maior programa de apoio à inovação empresarial na última década no Brasil.

Fonte: Agência CNI de Notícias / Agência de Notícias CNI 

Teletrabalho no Brasil e no mundo é tema de publicação da CNI

A pandemia de covid-19 é realidade em todo o globo e provocou mudanças significativas, inclusive no mundo do trabalho, sendo uma delas com foco no teletrabalho. 

Diante desse cenário, a Confederação da Indústria (CNI) divulgou estudo apresentando alguns dos mais importantes aspectos da regulação do teletrabalho no Brasil, comparando seus principais pontos com a regulação de outros países e com instrumentos internacionais de regulação trabalhista, em especial da OIT.

Leia a publicação na íntegra Teletrabalho no Brasil 

Principais Alterações na nova lei de licitações aprovada no Senado

*Foi aprovado no dia 10/12/20 no Senado Federal o Projeto de Lei (PL) nº 4.253/2020,
que cria um marco legal para substituir as seguintes Leis: 8.666/1993, 10.520/2002 e 12.462/2011.
A proposição ainda aguarda sanção da Presidência da República.

Quais são as principais novidades da “Nova Lei de Licitações”?

Abrangência

A Nova Lei será aplicável à administração direta, autárquica e fundacional de todos os entes da Federação. A norma deixa expresso que suas disposições não se aplicam às empresas estatais, salvo situações específicas.

Novos tipos de licitação

Prevê os seguintes tipos de licitação (critérios de julgamento):

  • menor preço;
  • melhor técnica ou conteúdo artístico;
  • técnica e preço;
  • maior retorno econômico;
  • maior desconto; 
  • maior lance (para o leilão).

✓ Nota: A novidade se dá sobre dois aspectos principais: o maior desconto, que já existe de maneira “informal”, e o maior retorno econômico, que também já existe para contratos de eficiência. Só que hoje as regras de contrato de eficiência são muito restritas, resultando em uma dificuldade de aplicação prática. A lei melhora isso. A “regra do jogo” fica mais clara e o controle mais transparente.

Definição das fases de licitação

Na nova lei de licitações, o procedimento licitatório terá, em regra, as seguintes fases:

I – preparatória;
II – divulgação do edital de licitação;
III – apresentação de propostas e lances, quando for o caso;
IV – julgamento;
V – habilitação;
VI – recursal;
VII – homologação.

A Nova Lei passa a considerar como regra geral a realização do julgamento antes da habilitação (isso já ocorria no pregão e no RDC). Porém, desde que haja justificativa, será possível “inverter” esse procedimento, ou seja, realizar a habilitação antes da apresentação dos lances e do julgamento.

Consolida-se a inversão de fases como regra: primeiro preço, após a habilitação, mas a Lei permite, mediante justificativa, a “desinversão” (primeiro habilitação, após preço).

✓ Nota: O aumento de fases é mais um processo didático do que um impacto prático no processo licitatório. Na prática, isso não representa nenhuma mudança de tempo no prazo de licitação. Provavelmente, existirá um ritmo mais lento de licitação porque a fase preparatória tem obrigações de planejamento mais robustas.

Modalidades de licitação

A Nova Lei de Licitações acaba com a divisão clássica das modalidades conforme o valor estimado da contratação. Consequentemente, a tomada de preços e o convite deixarão de existir.

A partir da aprovação pelo Presidente da República, teremos como modalidades licitatórias as seguintes:

  • pregão;
  • concorrência;
  • concurso;
  • leilão;
  • diálogo competitivo.

Deixam de existir o “convite” e a “tomada de preços”, que praticamente já não era utilizada. As regras criadas pelo RDC passam a ser englobadas pelo pregão e incluídas nesta norma geral. As modalidades pregão e concorrência ficam com procedimentos iguais.

A principal novidade fica por conta do diálogo competitivo, uma modalidade inédita que permite ao gestor “conversar” com potenciais interessados. Convoca-se vários particulares para apresentar ideias e auxiliar na identificação da melhor solução. Após a escolha da melhor, solicita-se o preço de cada licitante.

Novos valores para dispensa de licitação por baixo valor

Os valores de dispensa de baixo valor passarão para:

  • menos de 100 mil: para obras ou serviços de engenharia, ou serviços de manutenção de veículos automotores;
  • menos de 50 mil: outros serviços e compras.
  • o Poder Executivo federal atualizará os valores fixados por esta Lei pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E), ou pelo índice que venha a substituí-lo, a cada dia 1º de janeiro, e serão divulgados no PNCP. (ar.t 182)

Outras novidades importantes

  • criação do Portal Nacional de Contratações Públicas, para assegurar transparência nas contratações em toda a Administração, de todos os entes da Federação;
  • instituição do agente de contratação.
  • a nova lei incorpora, de modo expresso, alguns princípios que deverão nortear a aplicação da legislação, como o do planejamento.
  • formaliza as ferramentas de audiência e consulta pública e as suas utilizações.
  • programa de integridade (compliance) passa a ser requisito para licitantes.
  • no processo de licitação, poderá ser estabelecida margem de preferência (art. 26).
  • veda a utilização do Pregão para obras e serviços técnicos especializados de natureza predominantemente intelectual (Tecnologia da Informação).
  • há previsão de que os contratos de serviços e de fornecimento contínuo poderão ser celebrados por prazo de até 5 anos. Os contratos de locação de equipamentos e utilização de programas de informática também poderão ser celebrados por até 5 anos.
  • esses contratos de prestação de serviços e de fornecimento contínuo podem ser prorrogados até o limite máximo de 10 anos “desde que haja previsão em edital e que a autoridade competente ateste que as condições e os preços permanecem vantajosos para a Administração, permitida a negociação com o contratado ou a extinção contratual sem ônus para qualquer das partes” (art. 106).
  • na execução do contrato e sem prejuízo das responsabilidades contratuais e legais, o contratado poderá subcontratar partes da obra, do serviço ou do fornecimento até o limite autorizado, em cada caso, pela Administração (art. 121).
  • a nova lei traz os modos de disputa aberto e fechado, que podem ser usados isoladamente ou de forma combinada:

➤ Modo de disputa aberto: todos os licitantes presentes apresentam lances sucessivos, até a obtenção do melhor preço (similar ao pregão eletrônico atual).

➤ Modo de disputa fechado: todos os licitantes apresentam seus preços em propostas fechadas, que serão abertos em sessão pública, declaram-se o vencedor o melhor preço (similar a concorrência atual).

➤ Modo de disputa aberto e fechado: todos os lances presentes apresentam lances sucessivos até o encerramento, quando será convocado um número pré-definido de licitantes com menores preços, para apresentar nova proposta fechada.

➤ Modo de disputa fechado e aberto: todos os licitantes apresentam seus preços em propostas fechadas, quando será convocado um número pré-definido de licitantes para realizar uma disputa de lances (similar ao pregão presencial atual).

✓ Nota: A Nova Lei de Licitações também mantém as modalidades de garantia, mas faz uma alteração importante no quesito “seguro garantia”: Para obras, serviços e fornecimento, a garantia poderá ser de até 5% do valor inicial do contrato, permitido a majoração para até 10% mediante justificativa com base na complexidade técnica e riscos envolvidos.

 

PARECER DO RELATOR Nº 181, DE 2020                                            PROJETO DE LEI N° 4253, DE 2020- SENADO FEDERAL